terça-feira, 31 de maio de 2011

Criando textos

Boa tarde, leitores.

Citado anteriormente que a palavra texto tem como significado "entrelaçamento", tanto de palavras como de idéias.

Questões fundamentais foram levantadas para que pudesse se construir um com coesão e coerência.
Coesão nada mais é do que harmonia. Já a coerência é a qualidade de se criar essa harmonia com uma sequência lógica. É como se seu id e superego fizessem as pazes.

- Narduci, o que é id e superego?

Não que seja fundamental explicar esse exemplo para entenderes o contexto, mas vamos lá.

Lembre-se dos desenhos antigos. Os novos acho que não têm mais isso. Quando o personagem ficava em dúvida sobre o que fazer, aparecia um anjinho e um diabinho um em cima de cada ombro. Aqueles eram o id e o superego. Um querendo o bem-estar geral e um querendo o bem-estar próprio.
Apenas ilustrando o exemplo. Tem-se a harmonia e uma qualidade de criar uma logicidade para ela. Fundamental para a construção de um texto.

Para se criar um texto, também há de se pensar em tipos de texto que queres criar.

Hoje, mostrarei e tentarei explicar cada um dos três tipos básicos que há.

A tipificação básica de textos é a seguinte:

* Descritiva.
* Narrativa.
* Dissertativa.


O texto descritivo é aquele em que, detalhadamente, descrevemos determinada pessoa, situação, lugar e/ou objeto.
Ao se fazer essa descrição deve-se atentar aos detalhes que há. Não precisa se limitar a descrever como observas visualmente, mas pode descrever em emoções, aproximando o leitor ao que o queres passar.
O ponto de vista que tens que ter ao se criar um texto descritivo é o de um observador.


O texto narrativo é a modalidade textual que tu irá apresentar uma história, estória, ou fato.
Quando criança, quem nunca ouviu um conto de fadas?
Desde pequenos já estamos habituados com este tipo de texto, portanto, na minha opinião, é o mais fácil de se construir. Lógico, em partes.
O texto narrativo pode ser construído com divisões apenas em parágrafos, sem métrica ou ritmo. Entretanto, para os poetas e poetisas de plantão, o texto narrativo, além de contar uma história obedecendo os pontos póstumos que citarei, tem que obedecer a métrica, ritmo, rimas, e outros aspectos que explico detalhadamente em uma postagem exclusiva à isso.

- Narduci, o senhor disse que iria citar pontos que devem ser obedecidos para contar uma história. Não esquece.

Então, retomando os pontos básicos que devem ser seguidos. Estes são três:

* Narrador.
* Personagem.
* Espaço.


O narrador é quem conta a história, podendo ele participar ou não dela.
Recebe a denominação de "narrador-personagem" quando há participação. Esta modalidade de narração é tida como "narração em primeira pessoa".
Além desta modalidade, há também a "narração em terceira pessoa", que é a história em que o narrador dela não participa. Neste caso, o narrador pode ser interpretado de dois modos:
* Narrador-observador: Não há vínculos nenhum entre narrador e sentimentos ou ações dos personagens. Ele é apenas um observador da história.
* Narrador- onisciente: Diferente do anterior, este passa ao leitor o completo do que há com a história, descrevendo emoções, sentimentos e ações dos personagens.


O personagem é quem ganha vida na história. Não é necessariamente uma pessoa, mas pode ser um animal ou qualquer outro objeto.

O espaço é o lugar (físico) e a época (tempo) em que a história acontece.

Começo, meio e fim.

A estrutura da narração, basicamente dá-se do seguinte modo:

* Apresentação: O narrador informa o espaço em que acontece a história.
* Conflito: Surgimento de uma crise que modifica o personagem. Em modo de pensar e agir.
* Clímax: Tensão na história. Personagens tem de rever suas posições, sentimentos e atitudes.
* Desfecho: Resolução do conflito e clímax. Alteração de planos, ações e/ou sentimentos.


Saindo do texto narrativo e entrando no dissertativo.
O texto dissertativo, hoje, é o mais importante para a vida social.

- Narduci, o que o senhor quer dizer com isso?

Leitor, hoje, para a maioria de seus atos sociais, tem a bendita dissertação para se preocupar. Isso compõe: vestibulares, concursos públicos, entrevista de emprego, etc.

- Nossa, Narduci. E porque tudo isso?

Porque este tipo de texto é o que melhor mostra o conhecimento acerca de diversos assuntos do avaliado (quem escreve). Mas não é uma modalidade textual difícil de se construir. Ela está basicamente voltada à conhecimentos gerais, argumentação e poder de persuasão.
Para se ter vasto conhecimento geral é preciso ler bastante. Já para ter poder de argumentação e persuasão é preciso escrever bastante.


- Tudo bem, Narduci. Mas o que é afinal a dissertação?

A dissertação é o ponto de vista, de quem escreve, sobre determinado tema ou fato.

Estrutura básica de uma dissertação:

* Introdução. - Idéias iniciais.
* Desenvolvimento. - Principal ponto para argumentação.
* Conclusão. - Fechamento. Contendo idéias ou soluções para o assunto.


Seguem alguns vídeos complementares que podem auxiliar na criação de um texto:









Encerro minha participação de hoje. Espero que tenham gostado e/ou aproveitado algo. E até a próxima.

domingo, 4 de abril de 2010

Postagem aleatória

Boa tarde, leitores.

Resolvi atualizar o blog hoje, depois de um bom tempo sem postar.

Não que eu tenha algo relevante para escrever aqui, mas é que eu tinha prometido. Então, cá estamos.

Acho que todos já estão sabendo sobre a publicação do livro. Já faz uns 20 dias que eu publiquei, mas a preguiça não me deixou postar aqui.

Quem acompanha-me no orkut ou me segue no twitter já teve a notícia.

Trago em oficial agora para o blog.

O livro está à disposição para compra apenas pela internet, no site:

http://clubedeautores.com.br/book/16297--Contos_de_Narduci

Se não me engano, prazo máximo para entrega é de 5 dias úteis e o preço é dividido em até 6x no cartão.

Se não gostar, devolvemos seu dinheiro. Mentira.

Se não gostar, embrulhe em um papel de presente e espere ser convidado para algum aniversário.

Aí se a pessoa não gostar, azar o dela. Mas geralmente as pessoas dizem que gostam do presente, ainda que não concordem com isso.

Então ficarei eu e tu feliz. A felicidade do aniversariante é o de menos.

Mas tenho certeza que tu gostará, leitor.

Se não pelos escritos, ao menos pela capa. A pagu é bem bonita.

Aproveitando a postagem para agradecer a todas as pessoas que já compraram o livro.

E pedir para que, se alguém conhecer o Jô Soares, me indicar para ir lá.

Preciso de divulgação.

Que o Renato Russo me permita um trocadilho:

"Pô gente, compra o livro, ajuda né?!"

Como citado no começo, eu não tinha muito o que escrever, mas aproveito para mandar um abraço pro meu ídolo Renato Manfredini Jr., que há uma semana teria completado 50 anos.

Bom, se eu lembrar mais de algo, volto aqui mais tarde.


Twitter: _narduci



Juízo, leitores.


Feliz Páscoa.

terça-feira, 9 de março de 2010

Póstuma

Por mais que o tempo passa, ainda te tenho comigo, minha amada.
Tu és quem despede meu medo, e me dá comodidade, até vontade de viver.
Se estivesses aqui, sei o como me queria ver feliz, e é por isso que assim tento ficar.
Apenas tuas memórias me deixam feliz.
Sinto-me como uma embalagem.
Demonstro felicidade em meu dia-a-dia, mas sem tu, ela não existe.
Quando lembro de teu sorriso entrando pela porta do quarto, o mesmo que era invadido por aquele cheiro alucinador que tu emitias, meu coração se dilacera entre batidas.
Lágrimas, todas são inevitáveis. Nunca tu iria me querer ver como estou. Sofrendo pela tua falta.
Quando nos encontraremos de novo?
Existe uma outra vida desse lado, amor?
Não sabe o quanto anseio por chegar aí e lhe ter em meu colo novamente.
Beijar-te os lábios. Estes tão lindos e sinceros.
Não sabes quantas vezes me vi morto, para antecipar nosso reencontro.
Porque tu se foste?
Era tão jovem e tão bela.
Cada dia que passa, é um dia a menos que falta.
Mas, quantos faltam?
Seria uma morte digna, morrer por amor.
Morrer não significaria fim, e sim, começo.
Sei que estás aqui comigo, agora.
Posso sentir-te, mas não abraçar-te.
Leve-me contigo.

***

O terror pode ser muito mais do que espíritos ou monstros.
O terror pode estar na mente.
Talvez o pior, seja a saudade.

narduci, renato ferreira

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Capa do Livro

Demorei mas estou aqui.

Conforme prometi, quando eu tivesse mais alguma notícia, lhes traria.

A data, que era 14 de fevereiro mudou para uma indeterminada, não tinha visto que seria carnaval, então adiarei um pouco mais; também gosto de farra, poxa.

Pretendo que saia até o final de fevereiro.

Mas de qualquer modo, já estou cuidando de detalhes, como a capa.

Por enquanto será essa que eu apresento; se não gostarem avisem, por favor.





Fotografada: Pagu. Obrigado, meu bem.

Participem da comunidade no orkut: http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=94038286

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Anúncio aos leitores

Caríssimos leitores,
é com um imenso prazer que venho por meio desta postagem, informar-lhes que pararei de publicar contos no blog para poder publicar meu livro de contos.
Assim que eu tiver mais detalhes lhes informo; por enquanto a data da previsão para a publicação é 14 de fevereiro de 2010, com uma média entre 20 e 30 contos.
Conto com o apoio de todos.

Atenciosamente!




narduci, renato ferreira

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Reflexo

O que você quer aqui de novo? Porque veio me buscar?
Saia de perto de mim.
Não me machuque; pare.
O que aconteceu com o seu rosto? Porque tens esse corte que lhe tira o sangue?
Fale comigo. Vamos conversar.
Porque essa faca? Não chegue perto de mim com ela.
Estás me assustando; vá para trás.
Você me parece embriagada; vá para casa, amanhã conversamos.
Não se atreva a encostar as mãos em mim de novo; eu não lhe fiz nada.
Solte meu braço.
Tire essa faca daí; amanhã conversaremos, juro.
Você cortou minha barriga; como pôde?
Sinto-me fraca, acho que estou morrendo.
Não me deixe morrer sozinha, deite-se comigo.


Camila foi encontrada morta com um corte de faca na barriga que ela mesma provocou. O que não entendi, é o porquê de ela estar em frente ao espelho.




narduci, renato ferreira

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Mentes Fracas

O telefone emitia incessavelmente um estridente ruído que se misturava com a música ambiente vinda da sala de centro daquela enorme casa.
Uma festa jovial acontecia lá, com muitas pessoas, músicas, bebidas, risadas, conversas e casualmente sexo e drogas.
Com os pais afastados do local, aquela jovem e linda garota dos cabelos pretos como o céu naquele momento e os olhos tão verdes que ora podia ser confundido com uma esmeralda, encostada no balcão da “cozinha americana”, se fez alerta ao som emitido pelo pequeno aparelho pendurado na parede ao seu lado, mas evitou que qualquer pessoa pudesse atender.
Seu nome era Ana por vontade de sua mãe, que sempre admirara esse lindo nome, e agora se fazia perfeito com a linda garota.
A festa continuava, assim como o som do telefone. Quase o desconectando do interruptor que o mantinha ligado, o som da música e apouca iluminação presente foram cessados simultaneamente.
Ana assustou-se levemente com o ocorrido, e dirigiu-se à chave que mantinha a energia da casa funcionando. Ao verificá-la, percebeu que estava normal. Apenas o telefone continuava emitindo som. Tão somente o telefone. Ana quase desmaiou ao perceber que nenhuma pessoa lá presente pronunciava algo, nem se quer moviam-se.
Tudo parecia desligado, exceto ela e o telefone. Algo sobrenatural acontecia lá.
Ana, com a pele mais pálida do que de costume, atendeu ao telefone, e a pronunciar uma saudação, foi derrubada por um som imensamente alto e agudo, deixando-a com a audição afetada por alguns minutos.
Ana adormecera caída ao chão daquele lugar, mas logo fora acordada por um ou dois jovens que lá estavam.
Com a consciência retomada, Ana percebeu que tudo estava de volta como antes, sem que nada tivesse acontecido.
A todos que a menina dos cabelos negros perguntava sobre o ocorrido, diziam-na que nada de incomum havia acontecido.
Ana chegou à conclusão que havia sido um sonho, um sonho que a deixou amedrontada; um sonho que realmente acontecera. Percebeu que realmente aconteceu, quando observou o telefone jogado ao chão, assim como ela estava há minutos atrás.
A festa só chegou ao fim com o surgimento do sol, uma linda bola amarela que trazia vida à tudo o que era visível ao redor.
Exausta de toda música e ocorridos na festa, Ana deitou-se, e, agora sim adormecera, desligando-se totalmente de seu corpo.
Enquanto dormia, Ana ouvia vozes que não existiam, ao menos para quem estava consciente.
Com a boca amarga e seca, Ana levantou-se inconsciente e dirigiu-se à cozinha, a fim se saciar sua interminável sede.
Ana despediu-se de seu pai, que estava assistindo televisão na sala, e voltou ao seu quarto escuro, embora o relógio indicasse 14h00min.
Já deitada na cama, e consciente agora, a menina se colocou a pensar no ocorrido com ela e com as estátuas humanas durante a festa, foi quando teve o corpo arrepiado, ao se lembrar do telefone, das vozes e de que seus pais estavam viajando.
Como que, por instinto, Ana encolheu-se na cama e logo se pôs em pé, se dirigindo à sala, lugar que aparentemente havia visto o seu pai.
Chegando ao local, Ana não pode ver nada mais do que o cômodo em plena ordem e sem visitante sobrenatural algum.
Novamente um susto, antes de dormir, a casa estava em desordem total, deixada assim pelos participantes da festa.
Visitou todos os cômodos da casa, a fim de achar qualquer vestígio de que lá havia tido uma festa ainda aquela noite, mas nada encontrou.
O pavor que Ana sentia, era como um truque de sua mente. Ana nada entendia, apenas sentia a fadiga de seu corpo e tornou a deitar-se em seu quarto.
Uma voz rouca e fantasmagórica tomou conta do ambiente, fazendo com que a menina derrubasse algumas lágrimas e pedisse para que a deixasse em paz.
A voz ficou ainda mais forte e cessou a fala indecifrável do mesmo modo que surgiu.
O telefone tocou.
Ana, agora vivenciando um filme de terror, na qual era a protagonista, desceu a escadaria de seu quarto e foi à part na qual se situava o telefone que Ana ouvira aquele estridente som.
Ana atendeu, e agora, a mesma voz sobrenatural que havia invadido seu quarto, a saudou e ordenou-a que cometesse suicídio.
Ana, como que hipnotizada, desligou o telefone, voltou a subir a escadaria que levava-a ao seu quarto, e do piso superior, se atirou no centro da sala. Sala que há horas atrás havia sido cenário de alegria, tomava agora o ar fúnebre.
O dia se passou, assim como a noite; e esse processo chamado tempo fez com que seus pais voltassem, encontrando-a morta naquele ambiente fétido.
A polícia não tardou a chegar assim que acionada pelos pais da menina linda dos cabelos negros e olhos cor-de-esmeralda.
Não tão rápido quanto os policiais, mas tão eficaz quanto, o motivo do óbito foi revelado, o qual mostrou que Ana havia ingerido uma grande quantia de ecstasy e cometido suicídio horas após.
O que a perícia não revela, e ninguém sabe, é o terror que Ana sofreu.





narduci, renato ferreira.